Pesquise

quarta-feira, 24 de junho de 2015

Sinceridades soltas

“Não dá para escolher se você vai ou não se ferir neste mundo meu 
velho, mas é possível escolher quem vai feri-lo”.
Sempre fui defensora de histórias de amor a-la-contos-de-fadas. Com um “viveram felizes para sempre”. Até eu te conhecer. Minha história contigo poderia ser de qualquer forma. Sempre fui acostumada a gostar de um padrão de homem, até eu te conhecer. E hoje não sei descrever se te ver me faz feliz ou terrivelmente triste, se me alivia ou se dói mais, só sei que é você. 
E você me fez fugir de qualquer conceito ou fórmula matemática do amor. Me fez desaprender qualquer ensinamento sobre como seguir a vida sem alguém, mas ter cedido aos encantos de um romance que há tempos não existia só nos fez errar mais. E quando tá tudo bem comigo você insiste em aparecer de volta, de alguma forma, mostrar que a tua indecisão se faz presente e que momentaneamente podemos consertar a história só para me desconsertar e tentar me fazer hesitar. Mas eu te conheço. E eu falo que te conheço de verdade como quem sabe disso mais do que ninguém. 
Aprendi a viver sem você. Mas o tempo já passou e você ainda está em mim como se tivesse partido ontem mesmo. Mas é um amor diferente. É um amor te-quero-bem. Cada um seguiu sua vida, novas histórias. Grandes histórias, diferentes. Mas o mundo sabe que não há amor maior que o nosso. 
Isso tudo está estampado em nossas testas quando nos vemos e em nosso cotidiano, se olhando no espelho. Eu ainda lembro das histórias, das brincadeiras, das conversas. E você também, eu sei que sim. E eu sei que nunca vamos nos entregar a ninguém como nos entregamos um ao outro. Nem conheceremos ninguém como conhecemos um ao outro. E que nunca amaremos ninguém como amamos um ao outro. Mas que a vida nos dê muitos reencontros, e quem sabe novos começos. Mil desculpas eu peço por não saber dizer adeus direito. Sempre fizemos questão de deixar nosso futuro definido. Nada do programado aconteceu e vivo com a certeza de que nos quero bem. 
Foram muitos erros. Talvez tenha sido sempre para darmos errado. E se tivéssemos dado certo não teria sido tão bom assim. Com essa saudade avassaladora, morrer em teus braços não teria problema algum. Conversas daquelas que tínhamos por hora, como bons amigos, não cairiam mal. Mas sorrio e abaixo a cabeça quando passo perto de ti como quem diz “te cuida já que eu não pude te cuidar”. E não há borracha que apague a nossa história, mas também não haverá lápis que me faça continuar a escrevê-la um dia.

domingo, 21 de junho de 2015

Guia de cinema.

Oi meus bonitinhos!
Tantas coisas andam acontecendo comigo que eu, infelizmente, não ando muito inspirada e com tempo para escrever algo aqui. Como passei os últimos dias de cama e vítima das maravilhas do inverno (sim eu odeio inverno): dor de garganta, gripe, sinusite, rinite, febre, tosse, etc., pude colocar em dia os filminhos do netflix. Vim compartilhar meu guia de filmes que eu AMO. Tenho um sério problema de chorar em qualquer filme, mesmo sendo de ação ou terror. Mas (me julgue) tenho trauma de infância por Harry Potter (o moço sem nariz me traumatiza até hoje) e não tenho o hábito de assistir muitas séries, ao contrário de 99% dos jovens brasileiros (sim, sou estranha). Ainda assim, tenho um bom gosto para filme. Aproveita agora no inverno, de baixo das cobertas, com uma pipoca caramelada e uma barra de diamante negro e segue a lista com sinopses feitas pela mais-mais, eu mesma.

O melhor de mim (2014): Baseado num romance de Nicholas Sparks (amo), o filme conta a história de dois ex-namorados que se reencontram na cidade onde o romance se passou. Isso tudo décadas depois, por conta de um enterro. O que acontece é que ambos não superaram o sentimento e as lembranças, e agora se veem presos ao presente construído e as memórias do passado. Realmente, vocês precisam ver esse filme. Conta a história do casal e o final é surpreendente. Preparem os lencinhos de papel.

Apenas uma chance (2013):  É uma história verídica, do ganhador do Britain's Got talent. Paul Potts, um homem que sonhava em cantar ópera mesmo que ninguém acreditasse nele, além de sua mãe. Fez de tudo para alcançar seu objetivo, inclusive passar por inúmeros transtornos e problemas. Em meio a isso, conheceu o amor de sua vida e compartilhou com ela toda a luta para chegar onde desejava. (CHOREY)

O abutre (2014): Um homem desempregado acaba achando como solução filmar incêndios, acidentes, assassinatos e cenas terríveis do jornalismo criminal. O filme conta os trabalhos dele e como ele cresce dentro da profissão de cinegrafista e fica cada vez mais ambicioso, manipula as pessoas à sua volta e as situações para que se tornem cada vez melhores aos olhos do público. Ele faz isso junto com um "assistente" que acaba contratando, e que dizia ser seu parceiro, o que não se confirma no fim do filme.

Como perder um homem em 10 dias (2003): Antigo, porém divertido e fofo. Uma colunista com fama de fazer todos os homens se apaixonarem por ela, tem o desafio de conhecer e afastar um bom partido por 10 dias fazendo o que toda mulher faz para afastar os homens. Porém, o bom partido escolhido apostou com seu chefe que faria uma mulher se apaixonar perdidamente por ele em 10 dias. Coisa boa não dá né? Só muita gargalhada e eu descobrindo o quanto sou chata fazendo certas coisas haahhaahahahahahahahaha.

Cidade de Deus (2002): Um dos maiores filmes brasileiros, fala sobre a história da Cidade de Deus e conta a vida dos reis do morro. Emocionante, mostra o amor, a pobreza, a inocência, a violência, a  ação da polícia e dos traficantes e bandidos de lá.

A onda (2008): Assisti esse filme na escola, numa aula de história sobre fascismo e nazismo. E foi definitivamente, o melhor filme para a ocasião. Um professor precisa ensinar sobre autocracia e acaba implantando dentro da sala de aula um regime fascista para explicar como seria na prática. O problema é que os alunos acabam levando a experiência a sério demais.

O ditador (2012): Sou meio chata para comédia, mas acho esse filme extremamente engraçado. O filme fala sobre um ditador que faz coisas extremamente esquisitas e acaba sendo convocado pela ONU para assinar um acordo de democracia nos EUA. Nesse meio tempo, acaba aprontando uma série de coisas absurdas por lá até a tal assinatura do acordo. Rola até um grande deboche com a nossa "democracia", a indiferença com sentenças de morte e com o poder de uma autoridade. Realmente, muito engraçado, juro juradinho que vale a pena.

Mama (2013): Um dos poucos filmes de terror que me dão medo, mama me deixou quietinha na cadeira. Duas meninas órfãs são levadas para a casa do tio por não estarem sob os cuidados de ninguém, mal sabe o tio que elas estão sendo cuidadas pela Mama. 

Precisamos falar sobre kevin (2011): Um daqueles filmes que muitos não gostam por ser difícil e demorado de entender. São fluxos de consciência, misturados com presente, futuro, mas que contam uma história magnífica. Mostra a realidade de uma mãe julgada por todos como culpada por um crime, mas que nunca conseguiu compreender e ter o amor de Kevin, seu filho. Ele cresceu cometendo atrocidades e acabou comemorando seu aniversário de maneira bem cruel e violenta diante da escola. 

As vantagens de ser invisível (2012): O filme conta a história de um calouro solitário e depressivo, que arranja dois amigos inseparáveis com quem vive diversas aventuras, conhece várias pessoas e se apaixona pela primeira vez. Clássico em qualquer lista de filmes para se assistir, não poderia deixar de citá-lo.

O menino do pijama listrado (2008): Mostra a amizade que é criada entre o filho de um nazista que se mudou para a Polônia com um judeu prisioneiro dos campos de concentração. Emocionante e chocante, daqueles filmes que te fazem ficar parados perplexos sem conseguir falar uma palavra e engasgados pensando no sentido da vida. 

Sempre ao seu lado (2009): A história de um cachorrinho que fica esperando pelo dono por mais de uma década depois de seu falecimento na estação de trem, onde eles se encontravam todos os dias. Mostra como o cachorro realmente é o melhor amigo do homem e é o maior exemplo de lealdade. Por isso que eu amo o meu mimosinho. (BEJU BOOOOOOOOLT

Óbviooooooooooooooooooo, que tem filmes mais clássicos dos clássicos de todos os clássicos que eu super amo, tipo Piratas do Caribe, Homem de ferro, Meu malvado favorito, Nemo, Os incríveis, Se beber não case, Amizade Colorida, mas esses todo mundo já assistiu, ou já ouviu falar, ou certamente indicaria. Preferi uns mais diferentes, mas mantive 2 ou 3 no estilo clássicos.

Quem estiver disposto, aceito sugestões de filmes legais para ver.... Quais os preferidos de vocês? 

terça-feira, 16 de junho de 2015

Carpinejando...

Minha mãe e eu sempre fomos muito próximas a ponto de querer compartilhar todas as paixões e apatias da vida. Em meio a leitura cotidiana de jornal há um bom tempo atrás, ela me chamou e me entregou um pedaço de jornal com a coluna daquele que viria a ser o meu grande mestre da escrita. 
Com o tempo, fui junto com ela compartilhando essa admiração que ela me emprestou e dividiu, e fui acompanhando cada vez mais seu trabalho e me apaixonando cada vez mais pelo jeito como escreve. Não perdi nada, e a pergunta ofegante sempre aparecia entre nós "JÁ LEU O TEXTO DE HOJE?", e depois disso comentávamos felizes sobre o que ele tinha escrito aquele dia. 
Entrei na faculdade de jornalismo, e logo no primeiro dia respondi, quando perguntada por qual seria minha inspiração pelo meu colega Felipe, que era Fabrício Carpinejar. Até que fomos informados que no fim do semestre teríamos de realizar uma entrevista com o jornalista que mais gostamos. Preciso responder quem eu escolhi? Vou contar pra vocês um pouco mais sobre meu trabalho e entrevista com Fabrício, espero que gostem.

Com um simples comentário no twitter falando seu nome, mal sabia eu que atraía as atenções de quem almejo um dia ser. Fabrício Carpi Nejar, 42 anos, gaúcho nascido em Caxias,  jornalista, poeta, escritor e professor universitário, havia me enviado uma mensagem no twitter agradecendo o carinho por ter dito “sou só amores ao carpinejar <3”. Honrou a fama de simpático e querido. Sabendo que contataria ele mais tarde para a realização da entrevista com o jornalista que me inspira, aproveitei a conversa regada à cumplicidade para sugerir a entrevista. Prontamente, Fabrício aceitou antes mesmo que eu terminasse de explicar a proposta para 1 mês depois. É compreensível que o pai de dois filhos, autor de mais de 20 livros, colunista da ZH, Donna, Istoé, O globo, apresentador de A máquina, comentarista na Rádio gaúcha, no Encontro com Fátima e ainda professor universitário, não teria assim tanta disponibilidade. 
Minha super-mãe pegou o número de celular dele para, a partir daí, eu relembrar ele e marcar nossa entrevista. Ele me atendeu, e conversamos diversas vezes. Bem que tentamos, entre ligações, e-mails, viagens, entrevistas, trabalho, médico. Eram ligações e remarcações de data. Não tive a oportunidade de entrevistar pessoalmente o homem conhecido por sua autenticidade e excentricidade, com palavras escritas no corte de cabelo, roupas extravagantes, unhas pintadas e a leveza em se dizer um homem feio, mas legal. No final do segundo tempo, um e-mail na minha caixa de entrada respondia minha, inicialmente tristonha, sugestão de entrevista via e-mail. Fabrício havia respondido a todas as perguntas, com seu carisma de sempre. Feliz, pois minhas, realmente minhas, curiosidades haviam sido sanadas por ele próprio. E me encanta cada vez mais a sutileza e a percepção de quem eu considero o mais sábio com as palavras. Na entrevista, ele mesclou humor e seriedade falando objetivamente sobre suas inspirações, paixões, objetivos e aventuras como jornalista.

Jheine: Sei que tu és formado em jornalismo pela UFRGS. O que te levou a seguir a profissão de jornalista?
Fabrício: A contação de história, possibilidade de fazer perguntas despretensiosas, a curiosidade de aprender com as diferenças.

Jheine: Como foi a construção da tua carreira como jornalista? Quais foram as dificuldades encontradas para chegar até onde estás hoje?
Fabrício: Segui duas carreiras paralelas, de jornalista e escritor, que raramente se cruzaram. Minha maior dificuldade no jornalismo era deixar o texto menos carregado e menos pessoal. Ou seja, o contrário da literatura. No jornalismo, precisamos da invisibilidade, ser o mais próximo de todas as versões para repassar o poder de decisão ao leitor. Já o escritor é enxerido. Ele intervém emocionalmente nos fatos. 

Jheine: Quem é o teu maior ídolo?
Fabrício: César Vallejo, escritor peruano que viveu no exílio em Paris, mas nunca deixou sua infância.

Jheine: Qual foi o trabalho mais marcante pra você dentro do jornalismo?
Fabrício: A série Beleza Interior feita para o Jornal Zero Hora.

Jheine: É visível que sua vida é totalmente corrida e que você não tem tempo pra muita coisa. Mas o que você gosta de fazer quando tem tempo livre?
Fabrício: Nadificar. Ou seja, não atender telefone, interfone, nem despertador do coração.

Jheine: Vi que teve um grande engajamento para arrecadação de fundos para realizarem a Feira Literária de Passo Fundo. Com base na reafirmação de que ela não vai acontecer, e que um evento tão importante não teve tanto incentivo, como você avalia a preocupação do governo com relação à literatura?
Fabrício: O governo não tem mais nem orçamento para saúde, segurança e educação. Olha a dificuldade de vários estados em chegar ao piso para professores. O governo estadual deveria ter vergonha na cara e extinguir a secretaria de cultura, é só fachada. A maior fonte vem da Lei de Captação de Incentivos via iniciativa privada.

Jheine: Qual foi o maior mico que você já pagou como jornalista?
Fabrício: Passei um vexame quando tive que ligar para Caio Fernando Abreu em uma sexta-feira 13 para perguntar sobre superstição. Me senti fútil e o escritor soltou os cachorros em mim. A pior coisa são as pautas de calendário. Fiquei muito triste porque era meu escritor predileto. 

Jheine: Você sempre foi reconhecido pelas suas produções e são visíveis pelo retorno que teve no lançamento de tantos livros. Mas este ano, na minha opinião, as coisas se tornaram muito maiores pra ti e o reconhecimento foi muito grande, principalmente depois das participações no programa Encontro. Como você recebeu essa mudança? Te impactou?
Fabrício: Humildade é trabalho, nunca olhar para trás. O que eu penso é que preciso escrever 5 textos por semana e tenho foco, não sofro com avaliações do que sou o do que me tornei.

Jheine: Você já tem mais de 20 livros publicados, além de quase infinitas crônicas e textos. De onde vem tanta inspiração?
Fabrício: Sou um bom ouvinte Cuidado com o que conversas próximo de mim. Meus amigos já sabem que há grandes chances de eles se transformarem em personagens.

Jheine: Quando você resolveu unir a paixão por literatura com o jornalismo?
Fabrício: Só houve essa fusão quando já era conhecido e fui convidado a ser cronista da grande imprensa. Ou seja, no jornalismo eu exerço papel literário. 

Jheine: Qual teu maior sonho, depois de tantos realizados?
Fabrício: Ganhar a Califórnia da canção nativa de Uruguaiana. Só que tem um único problema: eu não canto

Jheine: Sempre que se fala em jornalismo, se fala na dificuldade relacionada à rotina. Você que tem a ZH, O globo, istoé gente, o blog, encontro, A máquina, a rádio Gaúcha, é professor , como encontra tempo pra família e pra você mesmo e como é lidar com essa correria diária?
Fabrício: Eu faço a inversão: a família é minha prioridade. O trabalho é que tem que encontrar tempo pra mim. 

Jheine: Você escreve pra vários lugares, mas trabalha com o visual em A máquina, faz comentários na rádio gaúcha e já trabalhou como assessor. Qual é a área do jornalismo que mais gosta?
Fabrício: A geral. A possibilidade de pescar o sobrenatural da banalidade.  

Jheine: Você já entrevistou um grande número de artistas e grandes nomes. Mas se tivesse a oportunidade de entrevistar alguém, quem seria?
Fabrício: Chico Buarque.  

Jheine: Qual o conselho você dá pra quem está iniciando na carreira de jornalismo?
Fabrício: Seja teimoso. Faça de conta que está cumprindo tudo, mas cumpra mais do que foi pedido.  
Espero que vocês tenham gostado, e compartilhem do mesmo amor pelo Fabrício. Contem nos comentários quem vocês mais admiram como profissional, estou curiosa.
Beijinhos de luz. 

sexta-feira, 12 de junho de 2015

Comemorem o dia dos namorados!

Compreenda que dia 12 de junho é o dia dos namorados. Dos namorados. No dicionário, define-se por namoro: Esforçar-se para conseguir o amor de; cortejar, galantear. Dessa forma, os carentes que amam uma pessoa diferente a cada 2 meses que me desculpem, mas não estão incluídos na comemoração. Também não se incluem os adeptos ao namoro de duração inverno-férias, estrategicamente programado para terminar quando chegar a praia e o carnaval. Não se incluem os desrespeitosos, possessivos, os que traem, os desconfiados, nessa comemoração.
Em meio a corações espalhados pela rua num vermelho obcecado, comemorem os casais cúmplices da paixão. Os que prezam pelo cortejo e galanteio. Os que se respeitam e confiam acima de tudo. Os que compreendem que não são o motivo de viver do outro, mas que dão alegria e amor suficientes para serem.
Comemore quem está disposto a sair de madrugada para ouvir choros, dar presença e afago ao parceiro. Quem, passado 5 meses ou 5 anos, ainda sente frio na barriga quando está prestes a encontrar a pessoa. Quem liga de madrugada para lembrar o amor que sente pelo outro. Quem compra flores e te leva para jantar fora. Ou quem cozinha em casa para ti. Quem está sem dinheiro e com fome, e compra um xis-tudo e ainda divide com a pessoa.
Comemore o que vai fazer de tudo para deixar as coisas bem, mesmo quando não estiverem. O que vai fazer de tudo pra colocar um sorriso no rosto do outro. O que rouba cobertor no meio da noite e o que compartilha ele. O que vai estar disposto a passar horas no telefone pra falar com o outro sobre coisas fúteis depois de um dia cansativo. O que dorme falando com a pessoa por não ter vontade de parar de conversar. O que tem coragem de esperar fazer compras. O que tem paciência para engolir o futebol com os amigos. Os que querem estar com o outro mesmo quando podem estar em qualquer outro lugar.
Festejem os que compartilham memórias, confissões, histórias e viagens únicas e também os que desejam compartilhar. Os que tem a certeza de que nasceram um para o outro, e os que buscam essa certeza plena com os bons momentos já passados juntos. 
Comemorem os que passam o tempo inteiro se chutando e tapeando, mas que no fundo se amam. Os que se veem todos os dias e não enjoam, pelo contrário, sentem falta. E os que esperam a semana toda para se verem no findi.
Comemorem os adeptos ao filminho com pipoca e cobertor no sofá da sala num domingo a tarde. Também os que fazem piquenique no parque neste mesmo dia. Felizes os que um dia tiveram medo de saber quando era a hora certa de pegar na mão do outro. E os que não tem costume mas assim se amam, também.
Os que sabem respeitar o tempo e espaço um do outro. Os que sabem surpreender, mas também os que sabem nadificar. Os que compreendem a família do parceiro, os estudos e os amigos. Os que sabem de cor os gostos deste, mas que ainda assim tem vontade de conhecer cada dia mais. Os que já fizeram loucuras sem ter porquê ou coisa outra qualquer. Os que dormem sorrindo, pensando como são felizes no relacionamento. 
Comemorem estes, todos estes! Os casais românticos, briguentos, discretos, espalhafatosos, festeiros ou caseiros. Todos os que namoram. Porque ainda há de haver amor. Mas comemorem direito. Sem somente declarações virtuais. Sim, todas as redes sociais serão recheadas só e somente de declarações amorosas neste dia. Não seja apenas mais um. 
Faça uma surpresa. Galanteie. Surpreenda. Corteje todos os dias. Mas neste dia especialmente. Coloque a roupa preferida do outro, ainda que não seja a sua. Visite o lugar mais marcante para os dois. Lembrem-se do porque de estarem juntos. Construam sonhos. Vivam-os. Amem-se, pois o amor está entrando em extinção, e vocês não podem ser extintos.

segunda-feira, 8 de junho de 2015

E se.....

Alguns lugares servem como baús de lembranças. Estão lá, intactos, invisitáveis e esquecidos até que você encontre novamente. Surpreendentemente, quando isso acontece você relembra coisas que nunca mais tinha parado pra lembrar, que nem lembrava que passou. Um bolo de sentimentos é despertado em você e te marca, como se tudo tivesse acontecido ontem. Lugares guardam preciosamente os nossos maiores momentos.
E é assustador o que se passa quando você reencontra um lugar especial. É como se você voltasse àqueles momentos, que muitas vezes, não vão nunca mais existir. Teu chão some por alguns segundos, é uma mistura de felicidade e tristeza, uma imensidão que se instala no peito. É saudade. É falta. É passado. É tudo. É nada. É você. Não é ninguém. 
Mas e se os lugares deixarem lembranças, o que pensarão de mim? E se, quando passares pelo parque, te sussurrarem que não foste o único a me levar na cacunda? E se, quando passares na praça de alimentação do shopping, descobrir que não foste o único que me viu lambuzada de molho barbecue?
E se, quando entrar na tua casa, souber que você também contou estrelas na janela com outros “amores da sua vida”? E se eu souber que ninguém é novo em nenhuma jornada, que já vivemos tudo várias vezes, da mesma forma, no mesmo lugar, mas com pessoas diferentes?
Aí percebo que realmente sou tua. Tua cacunda permanece sendo a mais confortável. Teu riso me olhando comendo ainda é o mais gostoso, e contar as estrelas comigo e fazer pedido valeu bem mais. Foi o nosso pedido.
É certo que as estrelas cadentes não ajudaram, que eu estou aqui e você está aí. Mas ao menos tentamos. Ao menos deixamos marcadas as lembranças mais lindas que poderiam ficar. Depois de nós, no parque cresceram mais flores, no subway surgiram mais sabores e as estrelas caem mais na esperança de que quando pedirmos um pelo outro, alguma caia certo e o nosso amor ainda persista.

quinta-feira, 4 de junho de 2015

Do básico ao diferenciado: Rio de Janeiro.




Um dos meus presentes de 18 anos (sim sou mimada) foi uma viagem pro Rio de Janeiro com minha mãe e minha mana. Como gosto de compartilhar minhas ideias e sabedorias aqui com vocês, não poderia deixar de mostrar umas coisas legais que fiz nesses 4 dias que fiquei e que se pode fazer pela tão famosa Cidade Maravilhosa.
Ainda que eu já tenha ido outras 2 vezes pra lá, aquela cidade me encanta cada vez mais e a vontade de ficar por lá é sempre maior. Embora deixe bem a desejar em questões de segurança e limpeza, não há o que você não possa fazer e conhecer por lá. Tanto as praias quanto os lugares fechados, é tudo muito amor.
Pra quem quer conhecer, ir ao Cristo Redentor, ao pão de açúcar, passar o dia em Copacabana, visitar os arcos da Lapa e a escadaria Selaron (vários famosos já passaram lá e é linnnnnnnnnnda) são indispensáveis, requisitos básicos à qualquer turista. Mas pra quem quiser fugir um pouco do cronograma turístico, fomos até a Ilha de Paquetá passar o dia e foi a melhor escolha que poderíamos ter feito.
A ilha é uma espécie de refúgio à rotina e à correria diária. Lá, os moradores são proibidos de ter um carro. Por isso, alugar uma bicicleta e sair pedalando por toda costa da ilha é a melhor pedida, arejando as ideias em meio a uma das melhores paisagens. Com jeitinho de “casa da vó”, as ruas em estrada de chão, e os “bici-taxis” te trazem uma ideia de aconchego que eu não esperava encontrar logo no Rio de Janeiro, já que não encontro nem aqui em Porto Alegre.
Visitar a lapa à noite é in-crí-vel para os amantes da vida noturna. Lá o pessoal fica na rua, em frente aos bares, conversando. É gente do Brasil e do mundo todo louco pra se conhecer. Além de, é claro, existirem festas pra todos os gostos (funk, pagode, samba, eletrônica) bem pertinho uma das outras e com um preço bem acessível.
Com mais tempo, é gostoso ir visitar a praia de Ipanema, que na minha opinião, é bem mais bonita que a de Copacabana. Passar o fim de tarde nas pedras do arpoador olhando o pôr do sol é a melhor coisa que tem. Além disso, o Rio também tem várias opções de museus bem interessantes pra quem curte (de arte, históricos, tem tudo) e o Theatro Municipal é maravilhoso e com peças maravilhosas.
Espero que vocês tenham curtido essa vibe #trip sobre o Rio no blog. Pretendo contar pra vocês as minhas aventuras e lugares legais que eu quero conhecer, tudinhooooo! E quem for pro Rio e quiser ser legal comigo, tô aceitando me levar na mala.